LER DOCE PRAZER
“O caminho do leitor é comparável ao percurso de um rio que, da nascente à foz, se vai alimentando de vários afluentes, conquistando gradualmente a sua “voz“. José António Gomes (1996) Este espaço foi criado com o objetivo de ajudar a percorrer os caminhos que levam à descoberta do prazer de ler. Procuro, também, ir ao encontro do Plano Nacional de Leitura, que diz que «Um bom leitor é quase sempre um bom aluno», dando a conhecer algumas das atividades que se vão realizando.
quinta-feira, 30 de outubro de 2025
terça-feira, 28 de outubro de 2025
"Escrever bem é uma arte. É a arte de combinar de forma sábia os diferentes domínios que atravessam a língua: o léxico, a ortografia, a sintaxe, a pontuação. E não só! Há muitos outros aspetos que contribuem para o sucesso de um texto, nomeadamente o estilo linguístico, que adotamos em função do nosso objetivo comunicativo: um estilo empático, persuasivo, assertivo ou outro. Convido-te a conheceres cinco dicas úteis que te permitirão escrever bons textos e que cumpram o seu objetivo comunicativo.
Planifica o teu texto
Grande parte do sucesso de um texto está, sem dúvida, na sua planificação. Tal como um arquiteto não começa nenhuma obra sem a projetar primeiro, assim devemos proceder quando temos de escrever um texto, seja uma carta de apresentação, um e-mail ou um simples convite.
Quais são, então, os passos a dar para se construir um bom texto?
1. Definir o tipo de texto que se vai escrever e os seus objetivos em função do destinatário.
2. Fazer uma lista (ou esquema) das ideias ou tópicos, sem qualquer preocupação de ordem.
3. Organizar esses tópicos, selecionando os relevantes e eliminando os supérfluos.
4. Estruturar o texto em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão e incluir em cada uma destas partes os tópicos selecionados.
Se deseja escrever bem, fazer um plano é, seguramente, o mapa orientador do caminho da escrita.
Escolhe as palavras certas e eficazes
As palavras são a matéria-prima da comunicação, por isso, devemos escolhê-las criteriosamente em função do nosso interlocutor. Escrevemos para quem nos lê, pelo que, devemos colocar o interesse do leitor acima de tudo.
Para que qualquer texto seja eficaz e cumpra o seu objetivo, as palavras não devem ser difíceis e desconhecidas, uma vez que dificultam a compreensão da mensagem e desmotivam quem o lê. Por exemplo, para quê usar a palavra monitorização se podemos optar por controlo? Ou porquê escolher o verbo rececionar se o verbo receber é muito mais simples? Evita o uso exibicionista de palavras demasiado eruditas e complicadas e opta sempre por palavras simples, comuns e reconhecidas instantaneamente pelo leitor.
Escolher as palavras certeiras e eficazes é garantia do sucesso do teu texto.
Sê claro, breve e objetivo
Escrever bem é também, e sobretudo, ser capaz de captar a atenção de quem o lê. Textos longos e demasiado palavrosos são a desculpa perfeita para o leitor desistir da leitura, por isso, se desejas cativá-lo do princípio ao fim, então sê claro, breve e objetivo!
A clareza é, sem dúvida, uma qualidade central de uma comunicação escrita eficaz! Quem lê quer compreender de imediato o que lê; quer evitar voltar atrás vezes sem conta; quer ler com prazer e sem esforço. Frases demasiado longas dificultam o processamento da mensagem, por isso, usa frases curtas, na ordem direta (sujeito, predicado, complementos), para serem facilmente entendidas logo na primeira leitura.
Intercalações intermináveis, frases dentro de outras frases são um terreno pantanoso que nenhum leitor quer percorrer. Ele até poderá saber onde está o sujeito, mas ficará seguramente preso num interminável labirinto até encontrar o predicado!
Facilita a vida ao teu leitor. Ele ficar-te-á muito agradecido
Articula bem o teu texto
Outra qualidade central de um texto é a sua coesão. Para que o texto seja uma unidade coesa e não um conjunto de frases soltas e “descosidas”, devemos recorrer a palavras que assegurem a articulação lógica entre as frases e os parágrafos. Essa articulação é conferida pelos articuladores discursivos, que são palavras que têm por função encadear as ideias de um texto, dando-lhe um fio condutor. Vejamos alguns dos mais frequentes:
• Para expressar opinião: “a meu ver, do meu ponto de vista, considero que…”;
• Para dar ênfase: “efetivamente, com efeito, na verdade…”;
• Para fazer uma chamada de atenção: “considere-se, atente-se, observe-se…”;
• Para mostrar oposição: “embora, no entanto, porém, contudo, todavia…”.
• E para concluir: “em suma, concluindo, finalmente…”.
Estes são alguns dos conectores que permitem um encadeamento lógico entre as frases e os parágrafos, facilitando a compreensão do texto ao seu leitor.
Causa impacto com o teu texto
Um texto pode estar irrepreensivelmente bem escrito, respeitando todas as regras ortográficas, sintáticas, de pontuação e ainda assim não causar qualquer impacto no leitor.
Qualquer tipo de texto tem uma intenção: um texto didático ensina; uma notícia informa; um romance emociona, etc., etc. Para que cada um destes objetivos seja alcançado, o texto deve conter marcas estilísticas que toquem e inspirem o leitor e, em certos casos, o levem a realizar uma determinada ação.
A língua dispõe de vários mecanismos que contribuem para o embelezamento e impacto de um texto. Objetivo? Tão-somente embelezar e valorizar!
Um dos recursos estilísticos mais eficazes na comunicação é a metáfora, que tem como propósito atribuir um sentido figurado às palavras. Eis um exemplo elucidativo:
Sentido literal: Escrever bem é uma tarefa muito difícil hoje em dia.
Sentido metafórico: Escrever bem é, hoje em dia, uma autêntica prova de esforço.
Mecanismos estilísticos como este são, sem dúvida, a maquilhagem do texto, que se quer bela, mas muito suave! Adornar o texto de forma equilibrada é, portanto, o sexto passo para o seu sucesso.
E agora?
Guarda estas dicas num “estojo de primeiros-socorros linguísticos” e nunca te esqueças: Escrever bem é uma tarefa difícil, mas possível! A escolha certeira das palavras e a sua boa articulação contribuirão seguramente para que possas elevar a tua comunicação escrita a um nível de excelência, projetando uma imagem sempre credível."
Os livros são casas
com meninos dentro
e gostam de os ouvir rir,
de os ver sonhar
e de abrir de par em par
as paisagens e as imagens,
para eles, lendo, poderem
sonhar.
Os livros gostam muito
de contar histórias,
mesmo que essas histórias
sejam contadas em verso
com a mesma naturalidade
com que eu escrevo,
com que eu converso.
Os livros também respiram,
e o ar que lhes enche as
páginas
tem o aroma intenso das
viagens
que eles nos convidam a fazer,
sempre à espera que a magia
daquilo que nos contam
possa realmente acontecer.
Os livros são novos e antigos,
mas não gostam de ter idade.
Disfarçam uma mancha, uma
ruga,
e gostam de viver em liberdade
numa prateleira alta,
sobre a mesa em que se
escreve,
ou nas bibliotecas da cidade.
E é por isso, porque o seu
tempo
é sempre maior que o tempo,
que eles não gostam de ter
idade.
Os livros gostam de adormecer
com os meninos, contarem-lhes
lendas, contos e histórias
que eles nunca hão de esquecer
e que outros livros mais novos
com eles hão de aprender.
E o que cada leitor
descobre ao lê-los
é que eles, de facto, gostavam
de saber.
(…)
FICHA DE
ORALIDADE 9
sexta-feira, 24 de outubro de 2025
quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Urgentemente
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
é urgente destruir certas palavras.
odio, solidão e crueldade,
alguns lamentos
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
sábado, 11 de outubro de 2025
sábado, 20 de setembro de 2025
quinta-feira, 4 de setembro de 2025
segunda-feira, 1 de setembro de 2025
quinta-feira, 10 de julho de 2025
Audiolivros para crianças
Conjunto de audiolivros disponibilizados pelo Letra Pequena, um blogue do jornal Público sobre literatura infantojuvenil.
A Incrível História do Sr. Solitário
Texto, ilustração e edição: Elias Gato
As Quatro Estações
Texto: Manuela Leitão; ilustração: Catarina Correia Marques; edição: Máquina de Voar
Boa Noite!
Texto e ilustração: Pierre Pratt; edição: Orfeu Negro
Afinal o Caracol
Texto: Fernando Pessoa; ilustração: Mafalda Milhões; edição: Bichinho de Conto. (Interpretação Cristina Paiva, Andante Associação)
A Grande Viagem do Pequeno Mi
Texto: Sandro William Junqueira; ilustração: Rachel Caiano; edição: Caminho
Aqui Há Gato!
Texto: Rui Lopes; ilustração: Renata Bueno; edição: Orfeu Negro
Histórias às Cores
Texto: António Mota; ilustração: Paulo Galindro; edição: Gailivro
Era Uma Vez Uma Raiva
Texto: Blandina Franco; ilustração: José Carlos Lollo; edição: Nuvem das Letras
Medo do Quê?
Texto e ilustração: Rodrigo Abril de Abreu; edição: Editorial Presença
A Caminho de Casa
Texto: Sílvia Corrêa, ilustração: Cárcamo, edição: Edições de Janeiro
Eu Quero a Minha Cabeça!
Texto e ilustração: António Jorge Gonçalves; edição: Pato Lógico
Ao Som de Lisboa
Texto: Domingos Cruz; ilustração: Francisca Ramalho; música: Armando Teixeira; voz: Liliana Carvalho; edição: Tell a Story
A Cadeira que Queria Ser Sofá
Texto: Clovis Levi; ilustração: Ana Biscaia; edição: Lápis de Memória
O Meu Avô
Texto e ilustração: Catarina Sobral; edição: Orfeu Negro
Eu Acredito
Texto: David Machado; ilustração: Alex Gozblau; edição: Alfaguara
Se Eu Fosse Um Livro
Texto: José Jorge Letria; ilustração: André Letria; edição: Pato Lógico
O Papão no Desvão
Texto: Ana Saldanha; ilustração: Yara Kono (Prémio Nacional de Ilustração 2010); edição: Editorial Caminho
Um Dia na Praia
Ilustração: Bernardo Carvalho; edição: Planeta Tangerina
O Coração e a Garrafa
Texto e ilustração: Oliver Jeffers; tradução: Rui Lopes; edição: Orfeu Negro
A Surpresa de Handa
Texto e ilustração: Eileen Browne; tradução: José Oliveira; Edição: Editorial Caminho
Selma
Texto e ilustração: Jutta Bauer; tradução: Alberto Freire; Edição: GATAfunho – Ana Paula Faria
A Charada da Bicharada
Texto: Alice Vieira; ilustração: Madalena Matoso (Prémio Nacional de Ilustração 2008); edição: Texto Editores
O Incrível Rapaz que Comia Livros
Texto e ilustração: Oliver Jeffers; tradução: Rui Lopes; edição: Orfeu Negro
Sabes, Maria, o Pai Natal Não Existe
Texto: Rita Taborda Duarte; ilustração: Luís Henriques; edição: Editorial Caminho
Trava-Línguas
Recolha e selecção: Dulce de Souza Gonçalves; ilustração: Madalena Matoso; edição: Planeta Tangerina
Eu Espero…
Texto: Davide Cali; ilustração: Serge Bloch; edição: Bruaá
Improvérbios
Texto: João Manuel Ribeiro; ilustração: Flávia Leitão; edição: Trinta por Uma Linha
A Máquina de Fazer Asneiras
Texto: João Paulo Cotrim; ilustração: Pedro Burgos; edição: Calendário de Letras
O Mundo num Segundo
Texto: Isabel Minhós Martins; ilustração: Bernardo Carvalho; edição: Planeta Tangerina
Não Quero Usar Óculos
Texto: Carla Maia de Almeida; ilustração: André Letria; edição: Editorial Caminho
domingo, 6 de julho de 2025
sábado, 28 de junho de 2025
sábado, 21 de junho de 2025
https://suno-ai.me/musics/5700590
Sites para criar músicas
https://www.riffusion.com/pricing
https://suno-ai.me/musics/5700590
sábado, 7 de junho de 2025
segunda-feira, 2 de junho de 2025
domingo, 11 de maio de 2025
TEATRO
https://viagemeturismo.abril.com.br/materias/os-mais-belos-teatros-do-mundo
vídeo https://youtu.be/aet1uc1SlBI.
Sabes o que são Guiões de Trabalho Autónomo?
Já estão disponíveis, na página do Estudo Autónomo, mais de 200 Guiões de Trabalho Autónomo – recursos práticos, concebidos para apoiar a aprendizagem autorregulada, incentivando o estudo autónomo e promovendo a autonomia e a corresponsabilização dos alunos.
Com uma duração média de 90 minutos, cada guião integra uma organização por temas das várias disciplinas e desafia os alunos a explorar, resolver e consolidar aprendizagens de forma ativa, individualmente ou em pequenos grupos, em casa ou na escola.
Neste vídeo, dirigido especialmente aos alunos, mostramos como é simples aceder a estes conteúdos.