sexta-feira, 16 de abril de 2010

Olá, meninos do Clube:
Este período vai ser muito curtinho, por isso, não se esqueçam de aparecer.
Recomeçámos os trabalhos com muito entusiasmo.
Depois de lerem os poemas que se seguem, os alunos começaram a elaborar quadras sobre as suas aldeias. Quando estiverem prontas coloco-as aqui.

Se tu visses o que eu vi
desatavas à gargalhada
uma cobra com doze patas
a comer uma salada.

Se tu visses o que eu vi
desatavas a fugir
uma sardinha a mamar
e um pinto a latir.

Se tu visses o que eu vi
fugias para outro lado
uma gata a tocar guitarra
e um cão a cantar fado.

Se tu visses o que eu vi
ficavas com os cabelos no ar
um porco a dançar uma valsa
e uma lesma a saltitar.

Se tu visses o que eu vi
ficavas de boca aberta
uma cabra com sete rabos
em cima de uma caneca.

Se tu visses o que eu vi
muito havias de rir
comias a sopa toda
e voltavas a repetir.

António Mota



Volta a Portugal… em asneira

Se tu visses o que eu vi

nas verdes terras do Minho:
um boi sentado à janela
a beber copos de vinho.

Se tu visses o que eu vi

nas serras de Trás-os-Montes:
um gato de biquíni
a tomar banho nas fontes.


Se tu visses o que eu vi
junto das vinhas do Douro:
uma velha a galopar
a cavalo num besouro.

Se tu visses o que e vi
numa cidade da Beira:
uma cobra a vender bolos
numa barraca da feira.

Se tu visses o que eu vi
num pinhal da Estremadura:
uma raposa jeitosa
a trabalhar em costura.

Se tu visses o que eu vi
para as bandas do Ribatejo:
um touro a pescar enguias
nas águas lisas do Tejo.

Se tu visses o que eu vi
numa praia do Algarve:
o mar estava todo seco,
o sol fechado à chave.

Se tu visses o que eu vil
á na ilha da Madeira
Um cão passeando à trela
Dois rapazes com coleira

Se tu visses o que eu vin
um cantinho dos Açores
Para pasmo de toda a gente
Um vulcão a deitar flores

Luísa Ducla Soares

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